Rio Grande do Norte: topo do Circuito Mundial e lembranças de uma surf trip
Rio Grande do Norte está muito bem representado no Circuito Mundial este ano. Seus dois atletas ocupam, no momento, as primeiras posições tanto da primeira quanto da segunda divisão do Campeonato Mundial de Surf.
Ítalo Ferreira, vencedor da última etapa do Circuito, é potiguar e ocupa o primeiro lugar no ranking da primeira divisão do Campeonato Mundial, com chances de levar o título de campeão na próxima etapa. Jadson André, também potiguar, ocupa o primeiro lugar no ranking da segunda divisão do Campeonato Mundial. A segunda divisão, chamada WQS (World Qualifying Series) é uma divisão de acesso. Os atletas mais bem colocados sobem para a primeira divisão no ano seguinte. Portanto, Jadson André estará competindo novamente entre os melhores do mundo em 2020. Segue o ranking do WQS abaixo.
Essa boa colocação doa atletas do Rio Grande do Norte me fez relembrar de uma surf trip realizada em 2015 para lá. RN é um lugar lindo e com altas ondas, para todos os níveis de surf. Com certeza é uma surf trip que vale a pena colocar no mapa! Na nossa viagem, ficamos hospedados na Praia da Pipa, em frente ao pico do Abacateiro. Altas ondas todas as manhãs! Uma boa pernada de distância ficava outro pico muito bom, a Praia do Amor. O surf da manhã era dividido entre esses dois picos.
A tarde íamos para a Praia do Madeiro treinar um surf de longboard. Praia muito boa para iniciantes, mas cuidado com a crowd!
Outro pico que valeu muito a pena foi a Baia Formosa, terra de Ítalo Ferreira. Que onda incrível! A galera lá manda muito bem no surf e deu pra entender o backside afiado de Ítalo. O surf lá foi tão bom que até vale a pena ficar hospedado por lá numa próxima viagem. Tiramos um dia para passear com um surfista local que leva o pessoal para esses picos mais distantes. Foi quando conhecemos a Baía Formosa e também a Praia do Portinho, onde passamos um final de tarde lindo pegando ondinhas pequenas e perfeitinhas. Outra praia muito boa para iniciantes.
Também fizemos uma trilha num parque de conservação ambiental. Sempre bom tirar um momento para conhecer melhor a cidade e essa trilha nos deu uma bagagem ambiental local muito boa. Além do mais, ela tinha uma vista linda para a praia do Madeiro e dava para ver o swell entrando e entender melhor como funcionava a ondulação e as marés por lá.
O centro da Pipa tem muitas lojas e restaurantes, geralmente (e infelizmente) pertencentes a estrangeiros, o que tornava tudo muito caro… Almoçávamos geralmente num restaurante local da Dona Branca. Comida muito boa e barata. Guardávamos a nossa grana para tomar um sorvete na sobremesa!
E por falar em comida, provamos muita coisa boa por lá! Muitos peixes e lagosta que são bem caros aqui no sul saíram bem mais em conta por lá. O café da manhã da pousada repleto de sucos e frutas locais era muito bom, me dá saudade até hoje! Outros clássicos que não podem faltar para quem for dar uma banda pelo nosso litoral nordestino são a tapioca, o açaí, a água de coco, o caldo de cana e o milho na brasa!
Viagem maravilhosa que com certeza ficará na memória!